sábado, 8 de outubro de 2011

O Trajeto dessa bela Caminhada

Bem, como decidi seguir a carreira meio escolhida meio escolheram por mim, iniciei uma trajetória muito rica e interessante. A cada novo desafio vencido foram somando-se vitórias importantíssimas! Fui contratada, no início do terceiro ano do magistério, numa escola da rede particular. Comecei com a tarefa de trabalhar com alunos com dificuldades de aprendizagem, foi muito legal, porque eu precisava buscar informações num plano para o qual não somos preparadas e isto foi muito positivo, porque a formação que fazemos não aborda as facetas da diversidade. Somos formadas na visão de que atuaremos em escolas perfeitas, com turmas homogêneas, onde todos os aluninhos aprendem com a maioir facilidade. Qual o quê?! Só o enfrentamento com a realidade é que nos impõe a crueza da nossa formação.
Trabalhei por seis anos nessa escola, muito boa por sinal! Tenho muitas passagens interessantes para contar, o que acontecerá nas próximas postagens. Até a próxima!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Como começa a nossa carreira?

Quando somos adolescentes, lá pelos míseros 14 anos de idade, devemos escolher uma profissão! Muito bem! Eu havia escolhido ser astronauta, ver a Terra de outra perspectiva, ou quem sabe cirurgiã dentista, embora morra de piedade do outro em sofrimento. Mais delirante ainda, ser dona de uma enorme fábrica de sapatos e bolsas, cintos, carteiras, essas coisas primordiais para que se possa ser uma "grande mulher". Bem, mas aí chegam nossos pais e nos dizem que já viajamos bastante, quem sabe agora é hora de aportar numa cidade chamada "Pé no Chão", vestir-se de responsabilidade e pensar em algo adequado para uma moça: fazer magistério, para ser professora, trabalhar um turno e no outro poder cuidar da casa e da família. Diante de algumas horas de argumentação e diante da minha única dezena de anos mais quatro, DECIDI! Doravante tudo farei para perseguir esse ideal!
É isso aí gente, foi assim que mergulhei no vasto mundo chamado EDUCAÇÃO! E não é que gostei!!!
Só sinto falta daquela prerrogativa de trabalhar só um turno... Quando a coisa ficou séria e vi que o pequeno salário não daria conta de todos os objetivos de vida que eu buscava, tive que abandonar essa idéia. Aí, creio que todos os professores que vivem de seu labor sabem muito bem o que acontece. A gente só "não faz nada da meia noite às seis da manhã" e olha lá! Mais notícias comporão esse nosso blog, que espero transformar-se num meio de colocarmos nossos bichos na roda.
Já deixei de lado a idéia de viajar "extraterrestremente", dentista também acho que quero não! Mas quanto a ser uma dona de fábrica de artigos indispensáveis à uma professora de estirpe, ah! Isso lá ainda é bem possível. Não com o salário de professora, que embora seja abençoado, não custearia esse meu sonho. Mas não descarto a possibilidade de ganhar na Mega-Sena quando começar a apostar!